Era um dia de calor abrasador na pequena vila de Betânia. As ruas poeirentas estavam quase desertas, exceto por algumas crianças brincando e um ou outro viajante apressado. Marta, conhecida por sua hospitalidade, estava ocupada na cozinha, preparando um banquete para receber um grupo de viajantes. Seus movimentos eram ágeis e precisos, mas seu rosto mostrava sinais de preocupação.


Enquanto Marta trabalhava incansavelmente, sua irmã Maria estava sentada aos pés de um dos visitantes, um homem cuja presença emanava uma paz profunda. Ele era Jesus de Nazaré, o mestre que havia curado enfermos e ensinado verdades profundas. Maria ouvia atentamente cada palavra que Ele dizia, seu coração se enchendo de sabedoria e amor.


De repente, Marta irrompeu na sala, interrompendo o silêncio reverente. "Senhor," ela disse, com a voz ligeiramente trêmula de cansaço e frustração, "não te importas que minha irmã me deixe servir sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude."


Jesus, com uma serenidade imperturbável, olhou para Marta e respondeu com doçura: "Marta, Marta, estás ansiosa e perturbada com muitas coisas. Mas uma só coisa é necessária. Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada."


Aquelas palavras ressoaram profundamente em Marta. Percebeu que, em sua ânsia de servir, havia perdido de vista o mais importante: o amor e a compaixão sem condições.


Ao longo dos dias, Marta passou a ser conhecida não apenas por sua hospitalidade, mas por sua compaixão genuína. Ela ajudava sem esperar nada em troca, inspirada pelo amor incondicional que Jesus havia demonstrado. Sua vida se tornou um reflexo vivo do mandamento maior que Ele ensinou: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo."


Assim, Marta viveu, e sua pequena vila de Betânia foi transformada pelo poder do amor e da ajuda desinteressada, uma lição que ecoaria por gerações, mostrando que a verdadeira grandeza está em servir aos outros sem olhar a quem.


Wilson Teixeira - IEQ Vila Industrial




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