“Não adulterarás”, “Não matarás”, “Não furtarás”, “Não cobiçarás”, bem como qualquer outro preceito, todos se resumem neste mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Romanos 13:9). Este é o chamado central que Deus nos faz: amar e obedecer. Mas essa obediência não é mecânica; é uma escolha cheia de significado. A verdadeira obediência flui de um coração que ama, e um coração que ama, obedece.

Pense em Salomão, um homem que teve tudo — sabedoria, riquezas e poder — mas ainda assim, sua infidelidade o levou a perder a plenitude da sua comunhão com Deus. Por outro lado, Jó, que perdeu tudo o que tinha, permaneceu fiel. Ele é o exemplo de que a obediência a Deus não depende das circunstâncias, mas de uma decisão de coração.

Adão, no paraíso, cercado de tudo o que precisava, escolheu desobedecer. Em contraste, Jesus, no deserto, em meio à fome e tentação, escolheu obedecer. A obediência a Deus não é determinada pelo ambiente em que estamos, mas pela convicção dentro de nós.

Veja o exemplo de José do Egito. Mesmo em meio ao sofrimento, vendido como escravo pelos próprios irmãos e injustamente preso, ele escolheu obedecer a Deus. Durante os anos de dor e dificuldade, José manteve sua integridade e, no tempo certo, Deus o exaltou como governador do Egito. Obedecer a Deus em tempos de sofrimento é confiar que Ele sempre tem um propósito maior.

Agora pense em Sansão, um homem cheio de força e bênçãos, escolhido por Deus desde o nascimento. Porém, em momentos de alegria e vitória, ele permitiu que seu coração se desviasse e cedeu às tentações, desobedecendo a Deus. Sua desobediência o levou à ruína. A alegria e o sucesso, sem obediência a Deus, podem nos cegar para as armadilhas da desobediência e da queda.

Olhe para Zaqueu, um homem que viveu uma vida de desonestidade e ganância, mas ao encontrar Jesus, arrependeu-se e decidiu dar da sua riqueza aos outros, demonstrando o poder da verdadeira transformação. Em contraste, o jovem rico, diante do mesmo Jesus, saiu triste ao ser convidado a dar tudo o que tinha para seguir o Mestre. O amor a Deus é provado quando somos chamados a obedecer em sacrifício, não apenas em conveniência.

Obedecer a Deus é uma decisão pessoal e independe das circunstâncias. É uma questão de escolha diária. Não se trata de entender tudo antes de obedecer, mas sim de confiar. Com Deus, eu obedeço primeiro, para entender depois. Isso é fé. Isso é confiança.

Jesus nos deixa isso claro: “Se alguém me ama, também me obedece. Deus, meu Pai, o amará, e viremos a viver com ele” (João 14:23).

Quando obedecemos, não estamos apenas seguindo regras, estamos demonstrando amor. E esse amor nos aproxima de Deus de maneira única e transformadora. Que nossa obediência seja o reflexo do nosso amor por Ele, e que esse amor transforme nossas vidas e o mundo ao nosso redor.


Inspirado na mensagem do Pr. Flamarion

,




Deixe seu Comentário