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A MULA QUE DEUS USOU

Publicada em: 04/12/2025 08:44 -

''Então o Senhor abriu a boca da jumenta, e ela disse a Balaão: Que te fizeu, que me feriste estas três vezes?” Números 22:28

 

A história da jumenta de Balaão ganha força quando entendemos como Balaão e sua jumenta chegaram até aquele caminho e qual era o contexto espiritual por trás dessa jornada.

 

Como começaram essa caminhada? O cenário antes do milagre

 

Israel estava avançando pelo deserto e vencendo nações poderosas. Ao chegar perto das terras de Moabe, o rei Balaque ficou apavorado. Ele acreditava que, se Israel continuasse avançando, seu povo seria destruído.
Por isso, Balaque buscou ajuda espiritual — não em Deus, mas em alguém conhecido por lidar com bênçãos e maldições: Balaão.

 

Quem era Balaão?

 

  • Um homem com reputação espiritual forte.
  • Sabia ouvir Deus, mas não vivia totalmente rendido a Ele.
  • Misturava conhecimento divino com interesse pessoal.
  • Tinha o dom, mas lutava com o caráter.

 

Balaque envia mensageiros oferecendo honrarias, presentes e dinheiro para que Balaão viesse amaldiçoar Israel. Balaão até consulta Deus — e Deus responde claramente:

 

“Não irás com eles e não amaldiçoarás este povo, porque é abençoado.” Números 22:12

 

Deus disse não.

 

Mas Balaão esperava outra resposta. Dentro dele havia desejo, ambição e a tentação de “negociar” com Deus.

 

Balaque insiste e manda emissários mais importantes, com ofertas ainda maiores. Balaão sabe que Deus já falou, mas tenta “conversar de novo”, buscando uma brecha.

 

Deus então permite que ele vá, mas deixa claro: Vá, mas só diga o que Eu mandar.

 

Balaão parte. não por obediência, mas por desejo. É por isso que o texto diz que a ira de Deus se acendeu no caminho (Nm 22:22).

 

Eles chegaram ali por causa da teimosia do profeta. A mula estava apenas seguindo seu dono; Balaão seguia sua vontade.

 

 

 

A jumenta viu o anjo — Balaão não

 

“A jumenta viu o anjo do Senhor e desviou-se…” Números 22:23

 

Enquanto Balaão caminhava motivado por ambição, o anjo do Senhor se colocou contra ele com uma espada desembainhada.

 

A jumenta viu o perigo e desviou. Balaão, cego espiritualmente, bateu nela.

 

O milagre não é só o animal falar…

 

O milagre é um Deus santo ainda insistir em impedir Balaão de se destruir.

 

Três vezes a jumenta tentou proteger Balaão, e três vezes ele a feriu.

 

É exatamente assim hoje:

 

  • Deus coloca barreiras; chamamos de “problemas”.
  • Deus coloca desvios; chamamos de “atrasos”.
  • Deus coloca direcionamentos; chamamos de “incômodos”.
    Mas eram livramentos.

 

 

 

A voz da jumenta foi a voz da graça

 

Quando Deus abre a boca da jumenta, ela não acusa, ela desperta.

 

Ela pergunta: “Por que estás me ferindo?”

 

É assim que Deus ainda fala:

 

  • suavemente,
  • com misericórdia,
  • tentando nos fazer refletir antes que o pior aconteça.

 

A jumenta não estava ali para atrapalhar a jornada do profeta, mas para salvá-lo.
Às vezes, nossos maiores incômodos são nossos maiores guardiões.

 

 

A lição espiritual da caminhada até ali: A história inteira revela:

 

• Balaão tinha o dom, mas não tinha submissão.

 

E isso sempre leva à cegueira espiritual.

 

• Balaão sabia o que Deus queria, mas insistiu no que ele queria.

 

Esse é o início de toda queda.

 

• Balaão estava indo “em missão”, mas com o coração comprometido.

 

Deus olha intenções, não aparências.

 

• A jumenta foi instrumento porque Balaão recusou ser.

 

Quando nos calamos para Deus, Ele levanta o improvável.

 

 

 

  • Cuidado com a tentação de negociar a vontade de Deus.
  • Não insista em caminhos que Deus já fechou.
  • Preste atenção nos “sinais” que tentam te impedir — pode ser o próprio anjo do Senhor.
  • Deus pode usar quem quiser para chamar sua atenção.
  • O orgulho é mais cego que a ignorância.

 

Se até uma jumenta enxergou o anjo, o problema nunca é “falta de visão”, e sim falta de coração.

 

A jumenta de Balaão não é apenas uma história curiosa. É um alerta, um espelho e uma convocação.

 

O que nos levou até certos caminhos da vida? A vontade de Deus — ou a nossa?

 

Que Deus nos ajude a ouvir Sua voz antes que Ele precise abrir a boca dos improváveis para nos corrigir. E que cada leitor se permita ser sensível ao Espírito, para não repetir a jornada de Balaão, mas caminhar na obediência que traz vida.

Wilson Teixeira - IEQ IND

 

 

 

 

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