Os pensamentos de Deus são maiores que os nossos. A Bíblia afirma em Isaías 55:8: “Porque os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os Meus caminhos.” Isso nos mostra que Deus vê o que não vemos, entende o que não compreendemos e conduz nossa vida por caminhos que muitas vezes fogem da nossa lógica. Ele governa tudo movido por amor.
Quando Deus fez a promessa a Abraão, declarou que em Isaque estaria a descendência futura: “Em Isaque será chamada a tua descendência” (Gênesis 21:12). Isaque era o cumprimento da promessa, o futuro de uma nação. Porém, Deus pediu algo que parecia contraditório: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas… e oferece-o ali em holocausto” (Gênesis 22:2). Nada fazia sentido. Mesmo assim, Abraão subiu o monte em obediência, confiando no Deus que prometeu. No momento decisivo, Deus disse: “Não estendas a mão sobre o moço… agora sei que temes a Deus” (Gênesis 22:12). Deus então providenciou um cordeiro e reafirmou a promessa: “Por Mim mesmo jurei… que te abençoarei e multiplicarei grandemente a tua descendência” (Gênesis 22:16-17). Abraão não entendeu o processo, mas foi obediente, e Deus o honrou.
Assim como Abraão, Moisés também não se sentia capaz. Ele disse a Deus: “Ah, Senhor! Eu não sou eloquente… sou pesado de boca e pesado de língua” (Êxodo 4:10). Mas o Senhor respondeu: “Eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar” (Êxodo 4:12). Moisés tinha limitações e um passado marcado por erros, mas Deus o inclinou em graça e o levantou como libertador de Israel. Ele não precisava de perfeição, apenas de confiança.
Gideão, por sua vez, se escondia no lagar com medo dos midianitas, sentindo-se o menor entre todos. Então o Anjo do Senhor apareceu e disse: “O Senhor é contigo, homem valente” (Juízes 6:12). Mesmo sem compreender, Gideão aceitou o chamado e, com apenas trezentos homens, venceu um exército inteiro porque Deus estava com ele. A força não vinha dele, mas do Deus que usa o improvável.
Pedro conheceu o sabor amargo da queda ao negar Jesus três vezes. A vergonha o afastou. Mas Jesus ressuscitado o encontrou na praia e perguntou: “Tu me amas?” (João 21:15). Essa pergunta se repetiu até restaurar totalmente sua alma. Então Jesus afirmou: “Apascenta as minhas ovelhas” (João 21:17). Pedro não foi descartado; foi curado e devolvido ao propósito. Depois disso, ele pregou no Pentecostes e milhares foram alcançados (Atos 2).
Essas histórias revelam que Deus nunca procurou perfeição humana. Ele procura corações alcançados pelo Seu amor. Abraão obedeceu sem entender; Moisés descobriu que suas limitações não anulavam o chamado; Gideão foi levantado do medo; Pedro foi restaurado depois da queda. Em cada caso, Deus se inclinou para pessoas falhas e as levantou pelo Seu amor.
É esse mesmo amor que se inclina hoje. O Cordeiro que venceu, assentado no trono, ouve o clamor de pessoas comuns como nós. Não porque merecemos, mas porque o preço foi pago. Como diz a música: “Não há o que fazer pra merecer. O preço foi de sangue. Foi o Teu amor.”
Você não está onde está por engano.
Esta mensagem não te alcança por acaso.
Há um propósito maior se movendo sobre sua vida.
Assim como Abraão viu o cordeiro, Moisés viu a sarça, Gideão viu o anjo e Pedro viu Jesus na praia, Deus está te visitando hoje. Não por mérito, mas por amor.
Sempre foi amor. Sempre será.
Wilson Teixeira - IEQ IND
